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A origem do topónimo "Lisboa" é incerta.
Os fenícios instalaram uma feitoria, no século VIII a. C, no actual local de Lisboa e chamaram-na de "Allis Ubbo" (enseada amena).
Depois foram os gregos. A lenda pretende que foi Ulisses que fundou a vila, no entanto a verdade é que o rei de Ítaca aportou na Andaluzia.
A propósito desta lenda, consta que existia um reino conhecido pelo nome de Ofiusa, um lugar distante, próximo a um grande oceano pouco conhecido. Ofiusa significava "Terra de serpentes". Este reino era governado por uma rainha, meio mulher, meio serpente. Tinha um olhar feiticeiro e voz meiga.
Ninguém ousava por os pés nesse reino, pois seriam comidos pelas serpentes da rainha. Durante muito tempo ninguém se atreveu a entrar nesse reino e os poucos que se arriscavam eram seduzidos pela rainha e nunca mais retornavam.
Um dia, vindo de muito longe, um herói chamado Ulisses aportou na Terra das serpentes. A rainha apaixonou-se por ele e não o queria deixar partir. Ulisses fingiu deixar-se enfeitiçar pelos encantos da rainha. Assim que os seus barcos estavam abastecidos e os seus homens descansados, acabou por se ir embora.
A rainha correu desesperadamente atrás dele e dizem que os seus braços serpenteando atrás do herói acabaram por formar as sete colinas rumando em direcção ao mar.
Mais tarde a cidade cresceu e passou a chamar-se "Olisipo", palavra de origem fenícia, não se sabendo a origem de "oli", sendo que "ipo" significa fortaleza.
A cidade estendia-se desde a colina onde hoje se encontra o Castelo São Jorge até ao rio chamado de "Daghi" ou "Taghi" que significava "boa pesca", actualmente Tejo.
Os romanos, em 205 a.C., mudaram-lhe o nome para "Felicitas Júlia" e mais tarde para "Olisipo Felicitas Júlia". A cidade passa a fazer parte da Lusitânia, tendo como capital Eméritas Augusta (actual Mérida, em Espanha).
Após as invasões dos Alanos, Vândalos, Suevos e Visigodes, os Árabes conquistam Lisboa sem qualquer luta e chamam-na de Al-Usbuna.
O nome evolui ainda sucessivamente para Lisipona, Lisibona, Lisbona, Lixboa e finalmente para Lisboa depois da conquista da cidade por D. Afonso Henriques em 1147.
Ainda de referir que no período árabe, em frente a Al-Usbuna (Lisboa), na margem oposta do Tejo, erguia-se a fortaleza de Al-Madan, actual Almada.
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E "Madan" que, por sua vez, quer/queria dizer, em árabe, "mina" (devido a uma mina de ouro que havia no concelho).
ResponderEliminarMuito interessante colocação.
Aprendi muito mais do que já sabia, sobre a origem da cidade onde nasci.
Pena que, ao fim de tanta história, tenha dado no que deu... (A capital da cultura mais decadente da Europa Ocidental...)
Tens toda a razão:
EliminarA designação de Almada é proveniente das palavras árabes Al-Madan, a "mina", pelo motivo de que, aquando do domínio árabe da Península Ibérica, os árabes procediam à exploração do jazigo de ouro da Adiça, no termo do Concelho. A zona de Almada foi igualmente escolhida pelos árabes para a construção de uma fortaleza no promontório natural, sendo esta destinada à defesa e vigilância da entrada no rio Tejo, em frente de Lisboa, desenvolvendo-se a povoação nos domínios da defesa militar, da agricultura e da pesca. Almada, uma das principais praças militares árabes a sul do Tejo, foi conquistada pelas forças cristãs de D. Afonso Henriques em 1147