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Todos os anos, no início do mês de Novembro, durante alguns dias a temperatura sobe alguns graus celsius e o tempo torna-se ameno em pleno outono.
Este fenómeno meteorológico ocorre por volta do dia 11 de Novembro e fala-se então do verão de São Martinho.
As principais movimentações das massas de ar, altas pressões atmosféricas (anticiclones) e baixas pressões (depressões) ocorrem nas estações de transição primavera e outono. No outono, no hemisfério norte, assistimos a uma baixa progressiva da pressão atmosférica trazendo chuva, nuvens e vento.
No entanto, quando a depressão atinge a sua "posição de inverno",
ainda existem massas de ar quente a chegar ao continente. O responsável é
o anticiclone dos Açores, que movimenta massas de ar quente vindas do
Norte de África e Mediterrâneo, e com elas o céu limpo e a ausência de
vento.
Com o avançar do inverno, este anticiclone vai alterar a sua
posição, criando outro tipo de influência.
Durante estes dias de outono, ainda recebemos bom tempo vindo do
anticiclone dos Açores. É por isso que as temperaturas aumentam para
níveis pouco comuns no inverno. Fala-se então no verão de São Martinho.
Por vezes, como este ano, junta-se este anticiclone sub-tropical aos efeitos da corrente quente do El-Niño que prolonga o verão de São Martinho durante mais de uma semana.
São Martinho nasceu em Savaria (actual Hungria) na época do Império Romano, no ano de 316. Seguiu uma carreira militar, tendo sido ordenado bispo de Tours (em França) em 371. Morreu no dia 8 de Novembro de 397, tendo sido sepultado no dia 11 de Novembro, dia da festa litúrgica de São Martinho.
Conta a lenda que num dia frio e chuvoso, Martinho segui montado a cavalo quando encontrou um mendigo. Vendo o pedinte cheio de frio, pegou na sua espada e cortou a sua capa em dois dando uma dessas metades ao mendigo para se cobrir.
Mais à frente voltou a encontrar outro mendigo tendo-lhe dado a outra metade. Martinho continuou a sua viagem quando nesse momento as nuvens desapareceram o sol surgiu e a temperatura amena durou três dias.
Desde então, por volta do dia 11 de Novembro de cada ano o tempo torna-se ameno com subida da temperatura e céu limpo durante três dias, o chamado verão de São Martinho.
Em França tem o mesmo nome: "Été de Saint Martin" (11 de novembro) além do "Verão de São Dinis" (9 de Outubro). Na Alemanha chamam-lhe o "Verão da avó". Na Inglaterra o "Verão de São Lucas" (18 de Outubro). Na Suécia o "Verão de Todos os Santos" (1 de Novembro). Na Europa Central o "Verão das Velhas" (fins de Setembro).
Finalmente, na Pensilvânia e Nova Inglaterra (nos Estados Unidos) e em Saint-Laurent (no Canadá) fala-se de o "Verão dos Índios" ou "Indian Summer". Possivelmente porque aproveitando estes dias mais amenos os índios aproveitavam para fazer as suas provisões antes da chegada do inverno.
São Martinho é padroeiro dos mendigos, curtidores, alfaiates, peleteiros, soldados, cavaleiros, restauradores e produtores de vinho.
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A curiosa origem das palavras e expressões utilizadas no nosso dia a dia.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
sábado, 31 de outubro de 2015
Ter cacau
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"Ter cacau" significa em linguagem popular "ter dinheiro".
No início do século XIX, durante a colonização portuguesa, São Tomé dedicou-se à produção de café e de cacau, duas plantas trazidas do Brasil. Inicialmente, o grande protagonista foi o café.
No entanto na década de 1880, deu-se uma queda abrupta do preço mundial do café. Foi então que o cacau se tornou na principal produção desse arquipélago.
São Tomé era então o maior produtor mundial de cacau que proporcionava lucros bastante compensadores.
A exuberância com que os roceiros de São Tomé exibiam em Lisboa as seus meios de fortuna faria que, popularmente, "ter cacau" se tornasse, em português, sinónimo de ter riqueza, de nadar em dinheiro.
O nome científico do cacau é "Theobroma cacao" e foi atribuído, em 1973, pelo botânico sueco Carl Linnaeus aquando da sua publicação do seu famoso livro "Species Plantarum". O termo Theobroma vem do grego "theo" (Deus) e "broma" (alimento), sendo portanto o "alimento dos Deuses".
A palavra "chocolate" deriva do asteca "xocolati" ou "xococ" que significa "amargo" e "ati" (água).
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"Ter cacau" significa em linguagem popular "ter dinheiro".
No início do século XIX, durante a colonização portuguesa, São Tomé dedicou-se à produção de café e de cacau, duas plantas trazidas do Brasil. Inicialmente, o grande protagonista foi o café.
No entanto na década de 1880, deu-se uma queda abrupta do preço mundial do café. Foi então que o cacau se tornou na principal produção desse arquipélago.
São Tomé era então o maior produtor mundial de cacau que proporcionava lucros bastante compensadores.
A exuberância com que os roceiros de São Tomé exibiam em Lisboa as seus meios de fortuna faria que, popularmente, "ter cacau" se tornasse, em português, sinónimo de ter riqueza, de nadar em dinheiro.
O nome científico do cacau é "Theobroma cacao" e foi atribuído, em 1973, pelo botânico sueco Carl Linnaeus aquando da sua publicação do seu famoso livro "Species Plantarum". O termo Theobroma vem do grego "theo" (Deus) e "broma" (alimento), sendo portanto o "alimento dos Deuses".
A palavra "chocolate" deriva do asteca "xocolati" ou "xococ" que significa "amargo" e "ati" (água).
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quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Halloween
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Halloween é uma festa celta com mais de 2500 anos: o Samhain que significa "Final do Verão". No antigo ano novo celta, é o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos.
Na língua gaélica actual, Samhain traduz-se por "Novembro". Nos celtas o ano acabava nos finais de Outubro, num dia de lua cheia e esta festa significava o início de um novo ano.
O calendário celta era lunar (e não solar como o gregoriano) as festas não tinham portanto uma data fixa, foi por comodidade que o dia de Halloween foi fixado no dia 31 de Outubro.
A festa de Samhain era o momento em que os espíritos dos seres amados já falecidos deviam ser honrados. Acreditava-se que era o período em que os mortos voltavam para passear entre os vivos. Por essa razão, deixavam a porta de casa entre-aberta, um lugar desocupado à mesa e lanternas acesa ao longo dos caminhos.
Como muitas das principais festas celtas, desenrolava-se durante sete dias: os três primeiros celebrava-se os heróis, os três últimos era em memória de todos os defuntos, à volta do dia da lua cheia.
Na véspera da noite de Samhain, os druidas acendiam um grande fogo sagrado esfregando ramos secos do carvalho sagrado e espalhavam esse fogo nos montes à volta das aldeias para afugentar os espíritos maléficos. Cada pessoa devia apagar o lume da sua lareira e levava algumas brasas deste novo fogo para acender um novo fogo sagrado nas suas habitações que mantinha aceso até à próxima festa de Samhain.
Estas festas eram acompanhadas de rituais, cânticos e banquetes.
Esta tradição celta não desapareceu com a colonização romana e depois com a religião católica. Em 840, como forma de cristianizar Sainhain, o Papa Gregório IV faz do 1 de Novembro o dia de Todos os Santos, sendo que dia 2 de Novembro será o dia dos finados (dia dos Mortos).
Com a fome provocada pela doença da batata, entre 1846 e 1848, muitos irlandeses emigraram para os Estados Unidos e levaram com eles muitas lendas. Uma dessas lendas é a de "Jack O'lantern", que quando bêbado desafiou o diabo e foi expulso do paraíso quando morreu, sendo condenado a vaguear eternamente com uma lanterna. Esta era constituída por um nabo que ele estava a comer onde colocou no seu interior uma vela para que não se apagasse.
O nabo foi substituído por uma abóbora, originária do continente americano, por ser mais fácil de esculpir.
Só no fim do século XIX é que Halloween se tornou numa festa nacional nos Estados Unidos. Só nos anos de 1990 é que esta festa foi introduzido na Europa com um aspecto puramente comercial e já sem qualquer magia.
O termo Halloween é a contração da expressão inglesa "All Hallows Eve" (ou "All Hallows Even") que significa "a véspera de todos os santos".
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Halloween é uma festa celta com mais de 2500 anos: o Samhain que significa "Final do Verão". No antigo ano novo celta, é o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos.
Na língua gaélica actual, Samhain traduz-se por "Novembro". Nos celtas o ano acabava nos finais de Outubro, num dia de lua cheia e esta festa significava o início de um novo ano.
O calendário celta era lunar (e não solar como o gregoriano) as festas não tinham portanto uma data fixa, foi por comodidade que o dia de Halloween foi fixado no dia 31 de Outubro.
A festa de Samhain era o momento em que os espíritos dos seres amados já falecidos deviam ser honrados. Acreditava-se que era o período em que os mortos voltavam para passear entre os vivos. Por essa razão, deixavam a porta de casa entre-aberta, um lugar desocupado à mesa e lanternas acesa ao longo dos caminhos.
Como muitas das principais festas celtas, desenrolava-se durante sete dias: os três primeiros celebrava-se os heróis, os três últimos era em memória de todos os defuntos, à volta do dia da lua cheia.
Na véspera da noite de Samhain, os druidas acendiam um grande fogo sagrado esfregando ramos secos do carvalho sagrado e espalhavam esse fogo nos montes à volta das aldeias para afugentar os espíritos maléficos. Cada pessoa devia apagar o lume da sua lareira e levava algumas brasas deste novo fogo para acender um novo fogo sagrado nas suas habitações que mantinha aceso até à próxima festa de Samhain.
Estas festas eram acompanhadas de rituais, cânticos e banquetes.
Esta tradição celta não desapareceu com a colonização romana e depois com a religião católica. Em 840, como forma de cristianizar Sainhain, o Papa Gregório IV faz do 1 de Novembro o dia de Todos os Santos, sendo que dia 2 de Novembro será o dia dos finados (dia dos Mortos).
Com a fome provocada pela doença da batata, entre 1846 e 1848, muitos irlandeses emigraram para os Estados Unidos e levaram com eles muitas lendas. Uma dessas lendas é a de "Jack O'lantern", que quando bêbado desafiou o diabo e foi expulso do paraíso quando morreu, sendo condenado a vaguear eternamente com uma lanterna. Esta era constituída por um nabo que ele estava a comer onde colocou no seu interior uma vela para que não se apagasse.
O nabo foi substituído por uma abóbora, originária do continente americano, por ser mais fácil de esculpir.
Só no fim do século XIX é que Halloween se tornou numa festa nacional nos Estados Unidos. Só nos anos de 1990 é que esta festa foi introduzido na Europa com um aspecto puramente comercial e já sem qualquer magia.
O termo Halloween é a contração da expressão inglesa "All Hallows Eve" (ou "All Hallows Even") que significa "a véspera de todos os santos".
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terça-feira, 25 de agosto de 2015
Almada
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Almada vem do árabe "al ma'adan" que significa a "mina", dado que aquando da ocupação árabe existia nesse local um jazigo de ouro.
Um documento de 1170 refere-se a esse local como "Almadana", e mais tarde, no século XIII "Almadã", sendo que a nasalação desaparece em finais do século seguinte.
Como curiosidade, Frei Francisco de Santa Maria, escreve no século XVIII, na sua obra "Anno historico" que uma moura de Almada de nome Fátima se apaixona pelo guerreiro português Gonçalo Hermiges, convertendo-se ao cristianismo e mudando o seu nome para Oureana. Diz a lenda que o seu nome terá dado origem às cidades de Fátima e de Ourém.
Por fim, o nome Cacilhas (no concelho de Almada) terá origem no facto que frequentemente os lisboetas atravessavam o Tejo para ir passear por Almada. No local de desembarque havia burros à espera dos passageiros para os conduzir no passeio.
A preparação do burro para um novo serviço era gritada pelo burriqueiro ao seu ajudante com a frase "dá cá cilhas" (tira de couro ou de pano com que se prende a sela sobre o lombo de uma cavalgadura). Com o tempo esta frase passou a designar o local Cacilhas.
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Almada vem do árabe "al ma'adan" que significa a "mina", dado que aquando da ocupação árabe existia nesse local um jazigo de ouro.
Um documento de 1170 refere-se a esse local como "Almadana", e mais tarde, no século XIII "Almadã", sendo que a nasalação desaparece em finais do século seguinte.
Como curiosidade, Frei Francisco de Santa Maria, escreve no século XVIII, na sua obra "Anno historico" que uma moura de Almada de nome Fátima se apaixona pelo guerreiro português Gonçalo Hermiges, convertendo-se ao cristianismo e mudando o seu nome para Oureana. Diz a lenda que o seu nome terá dado origem às cidades de Fátima e de Ourém.
Por fim, o nome Cacilhas (no concelho de Almada) terá origem no facto que frequentemente os lisboetas atravessavam o Tejo para ir passear por Almada. No local de desembarque havia burros à espera dos passageiros para os conduzir no passeio.
A preparação do burro para um novo serviço era gritada pelo burriqueiro ao seu ajudante com a frase "dá cá cilhas" (tira de couro ou de pano com que se prende a sela sobre o lombo de uma cavalgadura). Com o tempo esta frase passou a designar o local Cacilhas.
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Caparica
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Caparica, antiga freguesia de Alamada, foi agregada à Trafaria em 2013, para formar uma nova freguesia, a União das Freguesias de Caparica e Trafaria.
A palavra Caparica deriva do latim "cappar", "cappari" ou "capparis", proveniente do grego "kapparis" que significa alcaparra.
Neste local existiam muitas alcaparras (Capparis spinosa), pequeno arbusto cujo botão da sua flor é um ingrediente da cozinha mediterrânea.
Outra hipótese, é a palavra caparica derivar do fenício "aqaberik", tendo evoluído para "qaberik" e depois para "qaperik", que significa "ponta macia", numa alusão ao facto de a margem sul da foz do Tejo ser constituída por uma ponta de areias ou lodos, e não por rochas.
Sobre a origem do topónimo "Caparica" existem duas lendas, ambas provenientes de Capa-Rica.
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Caparica, antiga freguesia de Alamada, foi agregada à Trafaria em 2013, para formar uma nova freguesia, a União das Freguesias de Caparica e Trafaria.
A palavra Caparica deriva do latim "cappar", "cappari" ou "capparis", proveniente do grego "kapparis" que significa alcaparra.
Neste local existiam muitas alcaparras (Capparis spinosa), pequeno arbusto cujo botão da sua flor é um ingrediente da cozinha mediterrânea.
Outra hipótese, é a palavra caparica derivar do fenício "aqaberik", tendo evoluído para "qaberik" e depois para "qaperik", que significa "ponta macia", numa alusão ao facto de a margem sul da foz do Tejo ser constituída por uma ponta de areias ou lodos, e não por rochas.
Sobre a origem do topónimo "Caparica" existem duas lendas, ambas provenientes de Capa-Rica.
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Roleta
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A roleta tive origem em França no final do século XVIII. A palavra tem portanto origem francesa, "roulette", que significa "pequena roda".
Inicialmente, como a maioria dos jogos de sorte, estava ligada ao esoterismo, com o passar dos tempos tornou-se num jogo elegante e cheio de glamour.
Algumas teorias afirmam que a roleta foi importada pelos monges dominicano da China. Seja com for, encontramos as primeiras referência à roleta em Inglaterra por volta de 1720. Pensa-se que vindas de França.
Esse jogo era apelidado de "Roly-poly", e foi proibido em 1739 pelas leis que proibiam os jogos de sorte em Inglaterra.
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Para contornar a lei, apareceu um jogo parecido com o Roly-poly, o Even Odd, que por sua vez também foi proibido em 1745.
Por volta do ano 1875, aparece a roleta tal como a conhecemos hoje em dia.
Nessa altura, a roleta tinha um duplo zero, mas em 1886, os irmão franceses François e Louis Blanc introduziram a roleta com um único zero nos casino de Hamburgo na Alemanha.
Rapidamente a roleta com um único zero teve um enorme sucesso, dado que a vantagem da "casa" era menor. Quando a Alemanha proíbe os jogos a dinheiro, os irmãos Blanc vieram instalar-se em França, abrindo o casino de Monte Carlo.
Imigrantes franceses introduziram a roleta de duplo zero nos Estados Unidos, em Nova Orleans, no final do século XIX, onde ainda continua sendo chamada de roleta americana.
Como curiosidade, o total dos números da roleta (de 1 a 36) soma 666, o numero da "Besta".
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A roleta tive origem em França no final do século XVIII. A palavra tem portanto origem francesa, "roulette", que significa "pequena roda".
Inicialmente, como a maioria dos jogos de sorte, estava ligada ao esoterismo, com o passar dos tempos tornou-se num jogo elegante e cheio de glamour.
Algumas teorias afirmam que a roleta foi importada pelos monges dominicano da China. Seja com for, encontramos as primeiras referência à roleta em Inglaterra por volta de 1720. Pensa-se que vindas de França.
Esse jogo era apelidado de "Roly-poly", e foi proibido em 1739 pelas leis que proibiam os jogos de sorte em Inglaterra.
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Para contornar a lei, apareceu um jogo parecido com o Roly-poly, o Even Odd, que por sua vez também foi proibido em 1745.
Por volta do ano 1875, aparece a roleta tal como a conhecemos hoje em dia.
Nessa altura, a roleta tinha um duplo zero, mas em 1886, os irmão franceses François e Louis Blanc introduziram a roleta com um único zero nos casino de Hamburgo na Alemanha.
Rapidamente a roleta com um único zero teve um enorme sucesso, dado que a vantagem da "casa" era menor. Quando a Alemanha proíbe os jogos a dinheiro, os irmãos Blanc vieram instalar-se em França, abrindo o casino de Monte Carlo.
Imigrantes franceses introduziram a roleta de duplo zero nos Estados Unidos, em Nova Orleans, no final do século XIX, onde ainda continua sendo chamada de roleta americana.
Como curiosidade, o total dos números da roleta (de 1 a 36) soma 666, o numero da "Besta".
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Crupiê
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O crupiê é um empregado de um casino cuja principal função é animar jogos de mesa como a roleta, o Black Jack ou o poker.
A palavra crupiê tem origem francesa, "croupier", que em 1225 significava "sedentário, aquele que fica sentado". A "croupe" em francês significa "traseiro".
Mais tarde, em 1657, apareceu para designar o cavaleiro que sem sentava atrás do que conduzia o cavalo, quando montado por duas pessoas, era então o cavaleiro que estava sentado na croupe (garupa) do cavalo.
Em 1690, esta ideia de "pessoa sentada atrás de outra" era atribuída à pessoa que, em certo jogos, se encontrava atrás de um outro jogador.
Por fim, em 1797 passou a designar a pessoa que dirige os jogos num a sala de jogos, como num casino.
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O crupiê é um empregado de um casino cuja principal função é animar jogos de mesa como a roleta, o Black Jack ou o poker.
A palavra crupiê tem origem francesa, "croupier", que em 1225 significava "sedentário, aquele que fica sentado". A "croupe" em francês significa "traseiro".
Mais tarde, em 1657, apareceu para designar o cavaleiro que sem sentava atrás do que conduzia o cavalo, quando montado por duas pessoas, era então o cavaleiro que estava sentado na croupe (garupa) do cavalo.
Em 1690, esta ideia de "pessoa sentada atrás de outra" era atribuída à pessoa que, em certo jogos, se encontrava atrás de um outro jogador.
Por fim, em 1797 passou a designar a pessoa que dirige os jogos num a sala de jogos, como num casino.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Taberna
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Uma taberna é um local comercial onde as pessoas vão para beber bebidas alcoólicas e onde também pode ser servido algum tipo de refeição.
Taberna vem do latim "taberna" que quer dizer barraca, barracão ou mais exactamente casa de tábuas, como eram habitualmente construídas.
Reunir-se numa taberna para beber uma cerveja ou outra bebida alcoólica é uma tradição de longa data, tendo sido iniciada no mínimo pelos sumérios (3500 anos a.C.).
Na Suméria, o taberneiro era tradicionalmente uma mulher, mas em outros lugares e épocas as mulheres foram excluídas das tabernas.
Em Portugal, a par dos cafés e casas de pasto, as tabernas sobreviveram até aos anos 1980.
Existiram também as bodegas, palavra com origem no espanhol, que significa porão, loja ou depósito onde se vende vinho a retalho, eram uma espécie de tabernas mas com um aspecto muito mais sujo e mal frequentadas.
Hoje em dia, emprega-se a palavra bodega para referir qualquer objecto sem valor, insignificante, reles ou ainda para exprimir um descontentamento ou irritação.
Em meados do século passado, as grandes quintas do Ribatejo precisavam de muitas mãos para trabalhar a terra, os contratos eram feitos aos domingos à tarde, na praça principal das vilas, os chamado "mercado dos homens" sempre junto a uma taberna (também havia separadamente o "mercado das mulheres".
O capataz escolhia os homens necessários para o trabalho de campo dessa semana, e como não havia qualquer contrato escrito, oferecia um copo de vinho a cada um, anunciando a voz alta ao taberneiro "pago um copo de vinho a esses homens que para a semana vêm trabalhar comigo". Desta forma todos os presentes na taberna ouviam e este acto funcionava como um contrato oral perante as testemunhas.
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Uma taberna é um local comercial onde as pessoas vão para beber bebidas alcoólicas e onde também pode ser servido algum tipo de refeição.
Taberna vem do latim "taberna" que quer dizer barraca, barracão ou mais exactamente casa de tábuas, como eram habitualmente construídas.
Reunir-se numa taberna para beber uma cerveja ou outra bebida alcoólica é uma tradição de longa data, tendo sido iniciada no mínimo pelos sumérios (3500 anos a.C.).
Na Suméria, o taberneiro era tradicionalmente uma mulher, mas em outros lugares e épocas as mulheres foram excluídas das tabernas.
Em Portugal, a par dos cafés e casas de pasto, as tabernas sobreviveram até aos anos 1980.
Existiram também as bodegas, palavra com origem no espanhol, que significa porão, loja ou depósito onde se vende vinho a retalho, eram uma espécie de tabernas mas com um aspecto muito mais sujo e mal frequentadas.
Hoje em dia, emprega-se a palavra bodega para referir qualquer objecto sem valor, insignificante, reles ou ainda para exprimir um descontentamento ou irritação.
Em meados do século passado, as grandes quintas do Ribatejo precisavam de muitas mãos para trabalhar a terra, os contratos eram feitos aos domingos à tarde, na praça principal das vilas, os chamado "mercado dos homens" sempre junto a uma taberna (também havia separadamente o "mercado das mulheres".
O capataz escolhia os homens necessários para o trabalho de campo dessa semana, e como não havia qualquer contrato escrito, oferecia um copo de vinho a cada um, anunciando a voz alta ao taberneiro "pago um copo de vinho a esses homens que para a semana vêm trabalhar comigo". Desta forma todos os presentes na taberna ouviam e este acto funcionava como um contrato oral perante as testemunhas.
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sexta-feira, 31 de julho de 2015
Levantar a mesa
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Na época romana, não existia um local específico para as refeições, a não ser durante as festas dos mais ricos em que os escravos "montavam" uma mesa, no sentido literal da palavra, composta por uns pés e um tampo, e no fim "levantam" a mesa dessa sala utilizada para esse fim.
As refeições era então um momento de partilha de prazeres e um veículo de agregação social.
O "analecto" era o escravo encarregado de levantar a mesa na Grécia e Roma antigas.
Durante a Idade Média, a diferença entre a mesa dos ricos e dos pobres estava mais na quantidade de comida do que na sua variedade. Comiam à mão e o único instrumento usado era uma faca para cortar, espetar e levar à boca.
Comia-se onde mais convinha e a mesa era improvisada, no caso de haver convidados, era improvisada uma mesa constituída por uma armação em xis coberta de tábuas, com um pano em que rodelas de pão serviam de pratos.
No século XVIII, surgiram as salas de jantar nas residências das pessoas de classe alta e burgesa. Nestas, as mesas surgem no centro da sala com cadeiras à volta. A sala de jantar é então um marco importante na vida familiar, mas também para o convívio social.
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sexta-feira, 15 de maio de 2015
Praia do Guincho
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Diz a lenda que na Boca do Inferno, um cavaleiro e o seu cavalo estavam à beira-mar e que uma onda muito forte os derrubou e foram parar ao mar. O cavalo terá relinchado tão alto que se ouvio numa praia a 4 km daí, que se passou a chamar a praia do Guincho.
Na realidade, o nome vem do facto de essa praia ser o local de presença de muitas águias-pesqueira serem chamadas de "guinchos"pelos aldeões em vária localidades do país.
Foi a presença destas aves que deu o nome à actual praia do Guincho.
Estas aves alimentam-se exclusivamente de peixe de água doce ou salgada. Em vias de desaparecimento nas nossas costas, esta ave pescadora não apanha o peixe com o bico, mas sim com as suas garras.
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Diz a lenda que na Boca do Inferno, um cavaleiro e o seu cavalo estavam à beira-mar e que uma onda muito forte os derrubou e foram parar ao mar. O cavalo terá relinchado tão alto que se ouvio numa praia a 4 km daí, que se passou a chamar a praia do Guincho.
Na realidade, o nome vem do facto de essa praia ser o local de presença de muitas águias-pesqueira serem chamadas de "guinchos"pelos aldeões em vária localidades do país.
Foi a presença destas aves que deu o nome à actual praia do Guincho.
Estas aves alimentam-se exclusivamente de peixe de água doce ou salgada. Em vias de desaparecimento nas nossas costas, esta ave pescadora não apanha o peixe com o bico, mas sim com as suas garras.
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segunda-feira, 16 de março de 2015
Revolução
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Inicialmente, "revolução" designava, em astronomia, "o retorno periódico de um corpo astral a um ponto da própria órbita".
Em 1680, "revolução" também passo a designar "uma mudança violenta de um governo".
A palavra vem do latim "revolutio" (voltar ao princípio) após um percurso no espaço ou no tempo, "acto de revolver", "giro", "passagem sucessiva".
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Inicialmente, "revolução" designava, em astronomia, "o retorno periódico de um corpo astral a um ponto da própria órbita".
Em 1680, "revolução" também passo a designar "uma mudança violenta de um governo".
A palavra vem do latim "revolutio" (voltar ao princípio) após um percurso no espaço ou no tempo, "acto de revolver", "giro", "passagem sucessiva".
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Conspiração
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"Conspiração" é um acto ou efeito de conspirar; conluio, maquinação ou trama.
"Conspirar" tem origem na palavra francesa "conspirer" que por sua vez tem origem no latim "conspirare" que quer dizer "soprar (ou respirar) juntos".
Do latim "con" (harmonia, juntos) e "spirare" (soprar, respirar).
"conpiratio" significa "união".
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"Conspiração" é um acto ou efeito de conspirar; conluio, maquinação ou trama.
"Conspirar" tem origem na palavra francesa "conspirer" que por sua vez tem origem no latim "conspirare" que quer dizer "soprar (ou respirar) juntos".
Do latim "con" (harmonia, juntos) e "spirare" (soprar, respirar).
"conpiratio" significa "união".
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quinta-feira, 12 de março de 2015
Chungaria
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"Chungaria":diz a propósito de uma coisa de má qualidade, ordinária, reles e sem valor.
O termo tem origem no Japão, com a publicação de gravuras eróticas de cabeceira, intitulada "Shunga" produzidas entre os séculos XVI e XIX.
"Shunga" significa literalmente "imagem da primavera", um eufemismo para se referir ao acto sexual.
Na altura, ao terem conhecimento destas publicações, os portugueses classificaram o conteúdo de "porcaria" e, consequentemente, passaram a qualificar todas as situações mais ruins de "Chunga" ou "Chungosas", termos que permaneceram até aos dias de hoje.
Nestas gravuras as personagens são muitas vezes representadas em situações e posições sexuais pouco realistas, o tamanho dos órgãos sexuais estão aumentados, sobretudo os masculinos.
Tradicionalmente os "shunga" eram oferecidos aos recém-casados, sendo que estas gravuras maliciosas faziam frequentemente parte do enxoval das noivas para completar a sua educação sexual, em particular nas famílias mais ricas, dado o seu elevado preço.
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"Chungaria":diz a propósito de uma coisa de má qualidade, ordinária, reles e sem valor.
O termo tem origem no Japão, com a publicação de gravuras eróticas de cabeceira, intitulada "Shunga" produzidas entre os séculos XVI e XIX.
"Shunga" significa literalmente "imagem da primavera", um eufemismo para se referir ao acto sexual.
Na altura, ao terem conhecimento destas publicações, os portugueses classificaram o conteúdo de "porcaria" e, consequentemente, passaram a qualificar todas as situações mais ruins de "Chunga" ou "Chungosas", termos que permaneceram até aos dias de hoje.
Nestas gravuras as personagens são muitas vezes representadas em situações e posições sexuais pouco realistas, o tamanho dos órgãos sexuais estão aumentados, sobretudo os masculinos.
Tradicionalmente os "shunga" eram oferecidos aos recém-casados, sendo que estas gravuras maliciosas faziam frequentemente parte do enxoval das noivas para completar a sua educação sexual, em particular nas famílias mais ricas, dado o seu elevado preço.
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chun·ga
(origem obscura)
"chunga", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/chunga [consultado em 25-02-2015].
(origem obscura)
adjectivo de dois géneros
1.
[Informal]
Que é de má qualidade ou sem valor.
=
ORDINÁRIO, RELES
adjectivo de dois géneros e substantivo de dois géneros
2.
[Informal]
Que ou o que mostra pouco carácter.
3.
[Informal]
Que ou o que tem mau aspecto.
"chunga", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/chunga [consultado em 25-02-2015].
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