A curiosa origem das palavras e expressões utilizadas no nosso dia a dia.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Bolo-Rei

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Curioso bolo este que tem nome de rei e uma história conturbada.


A primeira casa onde foi vendido foi na Confeitaria Nacional, em Lisboa, que fica na rua Betesga, que liga o Rossio à Praça da Figueira, fundada em 1829. Terá sido Baltasar Rodrigues Castanheiro Júnior que trouxe a receita do Bolo-Rei de Paris.


Com a proclamação da República, em 1910, o bolo por ter a palavra rei, símbolo do poder supremo, tinha de desaparecer ou mudar de nome. Passou a chamar-se de bolo de Natal ou bolo de Ano Novo. Alguns propunham chama-lo de bolo Nacional, uma alusão ao nome da confeitaria onde foi inicialmente fabricado.


Os republicanos queriam que o bolo se chama-se bolo Presidente, e alguns até bolo Arriaga, primeiro presidente eleito da República Portuguesa.


O Bolo-Rei tem origem francesa e já existia na idade média, era o "Gâteau des Rois", semelhante ao nosso, no sul da França. Existe outro bolo também chamado de "Galette des Rois", no norte do país, e que não tem nada a ver com nosso, é feito de massa folhada por vezes recheoda de creme. 


Em 1711, em França, como a fome alastrava, o seu fabrico foi proibido para poder utilizar a farinha apenas para fabricar pão. Só em Paris é que essa proibição foi respeitada. Em 1789 com a revolução, o bolo teve o mesmo problema que em Portugal, queriam mudar o nome para "Galette de l'égalité" ("Bolo da Igualdade").


Durante as festas Saturninas, de fim de dezembro a princípio de janeiro, os romanos organizavam um banquete no qual procediam à eleição do Rei da festa utilizando uma fava. O eleite era rei durante um dia e podia realizar todos os seus desejos.


O Bolo-Rei existe em numerosos países, na Catalunha é chamado de "Tortell", no resto da Espanha de "Roscón", no Estados Unidos de "King Cake" e no México de "Rosca".



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6 comentários:

  1. Olá Querido Amigo dr. Octopus,

    Vim aqui a este cantinho para lhe pedir um favor... será que o dr. Não pode dar uma ajudinha a este meu amigo? Quando vi este post, o meu coração parece que reduziu para metade do tamanho... :(
    Dá a sensação que as farmacêuticas e a medicina, têm a vida das pessoas nas mãos. Quando li que este senhor disse, "alguém me pode dar uma ajudinha?" resolvi vir aqui.
    Será que a velhice nunca mais poderá ser natural? ir só envelhecendo?
    AQUI fica o pedido de ajuda.
    A mim, só me apeteceu dizer-lhe:- deite essas porcarias todas fora... :(
    Se não morrem de doença, de certeza que morrem da cura. :(
    Obrigada dr. Octopus e um Grande Abraço

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  2. Minha amiga Fada do Bosque,

    Transcrevo aqui a mensagem deixada ao teu amigo Rodrigo:

    "Amigo Rodrigo,

    Soube do seu blogue através da Fada do Bosque.

    Infelizmente, a falta de certos medicamentos nas farmácias deve-se ao facto que certos medicamentos, geralmente os mais antigos, apresentam frequentemente rupturas de stock.

    Isto faz parte de uma estratégia comercial, dado que por serem mais antigos e terem perdido a patente de exclusividade, o seu fabrico oferece uma margem de lucro diminuta.

    Esses mesmos laboratórios farmacêuticos têm em carteira nova moléculas para a mesma patologia que por serem recentes estão protegidos durante vários anos e portanto só esse laboratório o pode fabricar com uma margem de lucro muito mais elevada.

    Infelizmente a maioria dessas novas moléculas, não só frequentemente não trazem nada de novo, como são colocadas no mercado precipitadamente e mal estudadas.

    No caso dos beta bloqueantes, são moléculas na sua maioria antigas e cada vez menos usadas, apesar de excelentes.

    Não conheço a sua patologia, mas na grande maioria dos casos, se não houver de maneira crónica o medicamente que toma, pode sem problema substitui-lo por outro beta bloqueante, a eficácia é semelhante. Estou-me a referir ao Atenolol (Tenormin e Tenoretic), ou ao Bisoprolol (Concor), ou ao Metoprolol (Lopressor), ou ao Nebivolol (Nebilet), com a respectiva correcção das dosagem."

    Um abraço

    Octopus

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  3. Cara Octopus
    Embora tardiamente não queria deixar de lhe agradecer a visita e os conselhos que me deixou.
    No caso concreto não se trata de medicamentos (com baixa rotação) nalguns casos são recentes.
    Contei o meu caso, mas a nivel local, havia uma falta impressionante. Como a minha companheira tinha meios de locomação arranjou o que precisava mas em 4 farmácias, 1 delas fora da sede do concelho a 20 Km. Espero que tenha sido temporário.
    Cumprimentos
    Rodrigo

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  4. Agora é a minha vez de agradecer, dr. Octopus, muito obrigada. :)

    Parece que eu e o Voz temos bastante repulsa a medicamentos...Isto dantes não era assim. :)) Os meus irmãos entraram todos nos 40 e já estão bem "enfrascados" de medicação, seja lá pelo que for, nem que seja porque há historial familiar. Eu expliquei ao meu médico que não quero entrar pela via dos exames profiláticos... nem de medicações preventivas. Ainda bem que ele concordou... embora um pouco relutante... - Não é normal as pessoas pedirem-me isso, Helena - disse. Ao que respondi - não é isso que me vai impedir de morrer e se recorro a esse tipo de medicina, morro mesmo é de fome e contraio as doenças pelo medo.
    Obrigada.
    Um grande abraço.

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  5. Dr. Octopus, por acaso não me pode arranjar um banner do Octopédia para colocar no meu blogue?
    Obrigada.

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  6. Não faço ideia de como isso se faz.
    Penso que deves fazer como para os outros blogues que instalas-te.
    A imagem é a que aparece no início do meu blogue, ou seja do polvo.

    Um beijo

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